sábado, 13 de outubro de 2007

Estado não apoia culturas afectadas pelo mau tempo


Técnicos da Direcção Regional de Agricultura do Norte estão a fazer o levantamento dos prejuízos causados pelo mau tempo que assolou o Norte do país, e a região de Trás-os-Montes em particular, no fim-de-semana passado, mas não há perspectivas de que os lesados venham a beneficiar de apoios estatais, avançou, ao JN, o director regional Carlos Guerra. "Aquilo que se tem verificado é que há situações pontuais de grandes prejuízos em alguns concelhos", disse.


Bragança e Vila RealNo distrito de Bragança, os maiores estragos ocorreram no concelho de Vila Flor, de Mirandela e de Miranda do Douro; Carrazedo de Montenegro e Valpaços, no distrito de Vila Real, também apresentaram estragos consideráveis, assim como a zona de Penafiel. Os danos do mau tempo terão incidido mais na produção de castanha, vinha, fruta, olival e também o milho.


Carlos Guerra relembrou que, para este tipo de intempérie, há seguros de colheitas. "Grande parte dos agricultores atingidos não tem seguro agrícola, uma situação que é muito preocupante", sublinhou.


O responsável apontou como positivo, porém, a situação verificada na zona de Penafiel, onde os agricultores tinham um seguro colectivo de colheita e, neste caso, vão ver as suas colheitas cobertas e os danos minimizados. O director Regional de Agricultura do Norte relembrou que o seguro de colheita é subsidiado em cerca de 75% pelo Estado, sendo esta uma forma de garantir as colheitas.




Medidas de excepção

De recordar que as eventuais medidas de excepção só são accionadas se as intempéries destruíssem a estrutura produtiva, como é caso de caminhos vicinais, muros ou destruição de terras agrícolas. O director regional avançou ainda que os técnicos estão no terreno desde o passado domingo, estando prevista a conclusão dos levantamentos dos prejuízos ao longo do dia de hoje.


Para já, ainda não há uma estimativa concreta dos danos causados pelo mau tempo, "mas não é tão grande com se chegou a temer". Aquele responsável garantiu, todavia, que "não há uma grande área com muitos prejuízos, há pequenas manchas localizadas com prejuízos avultados", afirmou. Agora, o principal problema é que os agricultores que não têm seguros de colheita terão de ser eles próprios a suportar os prejuízos.

4 comentários:

Rafaela disse...

esta noticia foi retirada do jornal de notícias.

Rafaela disse...

Os problemas da agricultura que parecem apagados noutros países ainda são bem visíveis em Portugal, tais como:
-Os agricultores queixam-se de que os responsáveis pela agricultura não os apoiam a ultrapassar problemas, um deles financeiros.
-A falta de formação profissional, incapacita-os de saber mais sobre as suas propriedades e sobre o que têm de novo para produzir mais.
-O facto da agricultura portuguesa estar tecnologicamente pouco desenvolvida, leva a que a produtividade seja menor, enquanto os outros países avançam com melhore tecnologias, com preços mais baratos e competitivos, Portugal é levado pela maré pois não sabe remar contra ela.

Geografia disse...

É uma notícia sobre os problemas que o mau tempo pode causar na agricultura e sobre os apoios que os agricultores têm nessas alturas.
Fala praticamente de tudo o que é preciso saber sobre este tema e é sempre importante saber este tipo de informações quando estamos a estudar a agricultura.
Continua..

Ana Catarina disse...

Visto que as condições meteorológicas, por vezes, afecta as colheitas e que muitos agricultores não têm seguro agrícola por alguns motivos, era importante que o Estado nestes casos que são mais graves apoiasse as culturas afectadas, porque os rendimentos de muitos agricultures são apenas provenientes da agricultura. Assim com as culturas afectadas a produção poderá ser menor e fazer com que os rendimentos dos produtores também seja menor.

Beijo =*