sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Quinze cidades excedem limite de poluição

Quinze cidades portuguesas excedem o limite de poluição permitido, segundo um "ranking" , que aponta Lisboa, Guimarães, Paredes e Espinho como as zonas urbanas mais poluídas.
Com base em dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em 2005 a capital teve 183 dias durante os quais se verificou um excesso de concentração de partículas no ar, ultrapassando largamente os 35 dias admitidos e a poluição registada em Madrid no ano passado. Apesar de Lisboa liderar o "ranking", o Norte de Portugal reúne o maior número de cidades que ultrapassam os limites legais de concentração de partículas no ar, com Guimarães, Paredes e Espinho a apresentar mais de 125 dias de poluição excessiva. Entre as restantes cidades que ultrapassam os limites de poluição encontram-se o Porto, Coimbra, Braga, Maia, Cascais, Portimão, Setúbal, Aveiro, Almada e Faro.
Esta contagem, realizada em 44 cidades, apenas reflecte os locais onde estão instalados posto de medição e, como tal, um mero assador de castanhas localizado junto a um instrumento de avaliação de qualidade do ar pode disparar os níveis de poluição. Além dos carros e fábricas, a poluição do ar é acentuada por fenómenos como elevadas temperaturas, incêndios ou até por episódios de transporte de partículas a partir do Norte de África. Segundo a chefe da Divisão de Ar e Ruído da APA, Dília Jardim, os excessos de poluição «ameaçam a saúde pública por estarem associadas ao transporte de metais pesados tóxicos que provocam problemas respiratórios».

Fonte: http://www.meteopt.com/forum/media/quinze-cidades-excedem-limite-de-poluicao-1215.html

RAZÕES POR EU TER ESCOLHIDO ESTA NOTICIA: Tanto a poluição atmosférica como a poluição sonora são dois terríveis problemas que as cidades da actualidade têm de enfrentar. As chaminés de algumas fábricas (embora cada vez menos), os escapes de imensos veículos e outras tantas fontes poluentes, tornam a atmosfera urbana, muitas vezes, irrespirável. Além destas formas de poluição, convém igualmente não esquecer os lixos urbanos (domésticos, industriais e hospitalares) e os esgotos que, frequentemente, poluem os cursos de água. Os lixos urbanos apresentam um duplo problema: retirá-los das vias públicas de modo a mantê-las limpas e dar destino (correcto) às centenas de toneladas produzidas diariamente por uma cidade.
Podíamos diminuir estes problemas através de estações de tratamento de lixos (urbanos, industriais), bem como de ETAR's (Estações de Tratamento de Águas Residuais), substituição de lixeiras por outros meios de depósito e tratamento de lixos aterros sanitários, incineração, compostagem...), incentivar o uso de energias alternativas (renováveis) e de energias limpas (não poluentes), evitar o consumo desnecessário.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

SMIG - Sistema Metropolitano de Informação Geográfica da AML

O SMIG/AML foi criado para adquirir, armazenar, gerir e criar informação geográfica referente ao território da Área Metropolitana de Lisboa.
Tem como objectivo prioritário servir as Câmaras da Área Metropolitana de Lisboa, e prestar apoio e acompanhamento a estudos académicos e/ou de investigação sobre o território da AML.
O SMIG produz também conhecimento e informação inovadora, tratada não só à escala municipal, mas também à escala metropolitana, com o objectivo de informar e servir de suporte à tomada de decisão.




Portal de Informação Geográfica
A crescente vivência metropolitana, traduzida pelo aumento das relações entre municípios, tem-se conduzido num aumento do interesse do cidadão e do público em geral, por informação que vai muito para além do seu concelho de origem. Se é certo que cada um de nós temos residência fixa num concelho, mas é certo que pelo menos ao fim de semana saímos, vamos à praia ou visitar um monumento a outro município. Nesse sentido, tem-se verificado no SMIG um aumento de procura deste tipo de informação, à escala metropolitana, e que mais numa entidade dispõem e que a Internet seria o veiculo indicado para a difundir.
Ao longo os vários anos de existência, com a realização destes projectos foram acumulando um espólio riquíssimo de informação que se pretende divulgar junto do cidadão em geral, e enriquecer com o contributo dos municípios. A criação de um portal de informação geográfica vai criar por um lado uma maior rentabilidade da informação já existente, democratizando o acesso de forma inovadora a informação de extrema utilidade para o cidadão, como a localização das escolas, equipamentos desportivos, equipamentos de saúde. O portal encontra-se actualmente em fase de desenvolvimento, estando previsto o seu lançamento público até ao final de 2007.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Urbanização

Os processos de urbanização desenvolveram-se de diversas formas nas ultimas décadas e tomam dimensões e formas diferentes de país para país. Em Portugal, uma parte do território está ainda a atravessar um intenso processo de suburbanização.

As metrópoles e as cidades estenderam-se. Os espaços de residência alargaram-se, as distâncias percorridas são cada vez maiores e novas morfologias urbanas apareceram. O tecido urbano perdeu continuidade e ficou mais fragmentado, as habitações misturaram-se com as actividades industriais e comerciais e estenderam-se pelas áreas rurais. Os limites entre as cidades e os campos diluíram-se; novas centralidades periféricas apareceram; a cidade perdeu a sua centralidade radial e o urbano estendeu-se.

Nas áreas mais urbanizadas este processo fez com que as metrópoles, as cidades e mesmo os pequenos centros urbanos se integrassem num sistema policêntrico aparente, no qual a vida quotidiana se interliga onde se pode residir, trabalhar, educar os filhos e passar os tempos de lazer em ambientes urbanos muito diversificados. Ligados a estes processos de extensão, de descontinuidade, de heterogeneidade e de multipolaridade, novas morfologias e novas funcionalidades emergiram. A cidade tradicional densa, de contornos nítidos e com um centro de gravidade permanece, mas em articulação com novos espaços urbanizados.




Adaptado de Teresa de Sá Marques,
«Um território em mudança:
Padrões Territoriais, tipologia urbana e Dinâmica »
Inforgeo, nº14, APG, 2002.