As metrópoles e as cidades estenderam-se. Os espaços de residência alargaram-se, as distâncias percorridas são cada vez maiores e novas morfologias urbanas apareceram. O tecido urbano perdeu continuidade e ficou mais fragmentado, as habitações misturaram-se com as actividades industriais e comerciais e estenderam-se pelas áreas rurais. Os limites entre as cidades e os campos diluíram-se; novas centralidades periféricas apareceram; a cidade perdeu a sua centralidade radial e o urbano estendeu-se.
Nas áreas mais urbanizadas este processo fez com que as metrópoles, as cidades e mesmo os pequenos centros urbanos se integrassem num sistema policêntrico aparente, no qual a vida quotidiana se interliga onde se pode residir, trabalhar, educar os filhos e passar os tempos de lazer em ambientes urbanos muito diversificados. Ligados a estes processos de extensão, de descontinuidade, de heterogeneidade e de multipolaridade, novas morfologias e novas funcionalidades emergiram. A cidade tradicional densa, de contornos nítidos e com um centro de gravidade permanece, mas em articulação com novos espaços urbanizados.
Adaptado de Teresa de Sá Marques,
«Um território em mudança:
Padrões Territoriais, tipologia urbana e Dinâmica »
Inforgeo, nº14, APG, 2002.
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